O Maio Amarelo é um movimento internacional de conscientização para a redução de acidentes de trânsito, que preza a segurança no trânsito para todos em qualquer situação.
De acordo com o portal oficial, “o movimento Maio Amarelo nasce com uma só proposta: chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo”.
Qual o objetivo da campanha?
A intenção é fomentar a discussões sobre o tema trânsito, mobilizando diversos setores da sociedade, entres eles:
- Órgãos de governos;
- Empresas;
- Entidades de classe;
- Associações;
- Federações;
- Sociedade civil organizada.
Dessa forma, o Maio Amarelo visa estimular a população a participar ativamente de discussões sobre o trânsito e a segurança viária, por meio da promoção e ações que propagam o conhecimento sobre o assunto.
Como surgiu o movimento Maio Amarelo?
No dia 11 de maio de 2011, foi criada a Década de Ação pela Segurança no Trânsito, pela Organização das Nações Unidas (ONU). Por essa razão, o mês de maio se tornou referência mundial para a realização de ações que prezam pela segurança no trânsito.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2009, ocorreram cerca de 1,2 milhão de mortes por acidente de trânsito em 178 países diferentes. A partir dessa estimativa, a ONU estabeleceu e recomendou aos membros a criação de um plano para estabilizar e reduzir o número de mortes.
O Brasil é um dos países-membros que aderiu à agenda da Década de Ação pela Segurança no Trânsito para reduzir em 50% as mortes em acidentes de trânsito.
O quão perigoso é o trânsito no Brasil?
Estimativas do portal InfosigaSP - banco de dados com informações de acidentes de trânsito do Estado de São Paulo - apontam que o tráfego brasileiro mata uma pessoa a cada 15 minutos.
Além disso, mais de 1,6 milhão de pessoas ficaram feridas nos últimos 10 anos, ao custo de quase R$ 3 bilhões ao Sistema u00danico de Saúde (SUS).
O Brasil está na quarta posição entre os países com mais mortes em acidentes de trânsito no mundo, de acordo com estudo de 2019 da OMS, ficando atrás apenas da China, u00cdndia e Nigéria.
Como o Exame toxicológico pode ajudar na redução dos acidentes de trânsito?
O Brasil é o 2º maior consumidor mundial de cocaína e crack, de acordo com estudos sobre o consumo de drogas no último ano. São mais de 2,8 milhões de usuários. Parte deles se trata de motoristas que viajam muitas horas seguidas, às vezes, com prazos apertados de entrega ou de chegada. Além de exigido na aquisição e na renovação das CNHs C, D e E, o Exame toxicológico, que detecta o consumo de drogas nos 3 meses anteriores ao teste, também é obrigatório na contratação e na demissão de motoristas profissionais pelo regime CLT.
Mas os dados são alarmantes: 75% dos resultados positivos dos exames realizados para essa finalidade se referem à cocaína, isso porque a substância faz parte do grupo das drogas estimulantes. Mas, os efeitos são perigosos: descontrole emocional, aumento da pressão e da frequência cardíaca e perda da noção da realidade, causando mais acidentes.
Em razão do alto número de condutores que consumiam drogas, os acidentes envolvendo veículos pesados registravam números significativos antes da exigência do Exame toxicológico em 2016. Das 2.600 mortes no trânsito em 2014, 399 (15%) eram caminhoneiros, segundo dados do S.O.S Estradas.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o Exame toxicológico tem reduzido os acidentes em 35%, envolvendo caminhões, e 45% relacionados a ônibus, apontando ser um forte instrumento de segurança no trânsito.
A redução dos acidentes se deve à obrigatoriedade do Exame, que inibiu que motoristas profissionais usuários de drogas adquirissem ou renovassem suas carteiras de habilitação.
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