Indispensáveis para a vida moderna, o caminhão é um dos principais meios de transporte e distribuição das nossas riquezas para os quatro cantos do Brasil, e até mesmo do mundo. É uma peça fundamental na história da evolução. Mas será que sempre foi assim?
No século XVIII, mais precisamente no ano de 1760, aconteceu a Revolução Industrial, uma das maiores transformações da humanidade até hoje. Com ela, surgiu também o desenvolvimento da tecnologia a vapor e, a partir disso, várias inovações foram criadas.
Essa evolução possibilitou o surgimento do primeiro veículo autoimpulsionado, ou seja, que não precisava da força de homens ou de cavalos. Dessa forma, em 1770, na França, nasceu o Fardier à Vapeur, algo que em tradução livre pode ser “Vaporizador”.
Modelo em desenho do Fardier à Vapeur
A estrutura dele era formada por uma caldeira, na parte dianteira, que gerava o vapor para que o caminhão pudesse se mover, e tinha 3 rodas. Pesava cerca de 2,5 toneladas, permitindo o transporte de 1,5 tonelada. Já a velocidade máxima inicial era de 7,8 km/h, mas acredita-se que essa marca jamais foi atingida.
Agora, pode imaginar a temperatura dentro desse veículo, que levava uma caldeira com fogo dentro, bem à frente dele, circulando por ruas de areia ou pedra como eram as da época? Outro fato curioso, é que ele também foi responsável pelo que alguns consideram o primeiro acidente automobilístico da história: em 1771, um Fardier à Vapeur saiu de controle e bateu contra um muro.
O modelo original da invenção existe até hoje e está exposto no Musée des Arts et Métiers, na capital francesa. Independente da época ou do modelo, uma coisa é inegável: a criação do caminhão permitiu que o homem chegasse mais longe, acelerasse a própria história, consumisse o novo e desbravasse caminhos que o levaram à evolução.
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