Como os alimentos podem influenciar os resultados de Exames Toxicológicos?

Para esclarecer esse tema, vamos trazer neste artigo mais detalhes sobre os alimentos que podem interferir nos Exames Toxicológicos.

08 de Agosto de 2024
Notícias

Os Exames Toxicológicos estão se tornando cada vez mais comuns em contextos que envolvem segurança no trabalho, esportes e monitoramento médico. Nesse cenário, um dos principais questionamentos de quem precisa realizar esses testes é o impacto da ingestão de certos alimentos sobre os resultados das análises. 

 

Para esclarecer esse tema, vamos trazer neste artigo mais detalhes sobre os alimentos que podem interferir nos Exames Toxicológicos. Continue lendo para saber mais!  

 

Primeiramente, é importante saber que Exames Toxicológicos visam detectar a presença de drogas ou de substâncias químicas específicas no organismo por meio da análise de amostras biológicas, como urina, sangue, saliva ou cabelo/pelo.  

 

Alguns fatores estão relacionados às alterações nos resultados após a ingestão de alimentos específicos como à sensibilidade e à especificidade do método utilizado, capazes de detectar e diferenciar a presença de substâncias em baixas concentrações; o tipo de substância; a rotina dietética e as características individuais. 

 

Entre os alimentos que podem interferir nos laudos de Exames Toxicológicos, destacam-se: 

 

  • Sementes de papoula ‒ Utilizadas em produtos, como pães e bolos, em algumas culturas. As sementes de papoula contêm pequenas quantidades de opiáceos naturais. Isso pode resultar em testes positivos para opiáceos, como morfina ou codeína
 
  • Ingestão de produtos fermentados ‒ Consumir alimentos ou bebidas contendo leveduras pode levar à presença de pequenas quantidades de álcool residual na saliva, o que influencia a interpretação dos resultados do Teste do Bafômetro
 
  • Suplementos nutricionais ‒ Alguns suplementos nutricionais podem conter ingredientes utilizados para outros fins, como substâncias anorexígenas ou emagrecedoras, que não estão listados no rótulo ou podem ser contaminados com substâncias proibidas. 

 

Vale ressaltar que um aspecto importante desses exames é a "janela de detecção", que se refere ao período durante o qual uma substância pode ser identificada no organismo após o consumo. Essa janela pode variar dependendo de vários fatores, incluindo o tipo de substância, o método de teste e as características individuais do paciente. 

 

O exame de urina pode detectar o uso de psicoativos até 5 dias antes da coleta, podendo, em alguns casos, identificar substâncias por um período mais longo, dependendo da droga. O exame de sangue, por outro lado, fornece uma visão mais recente das concentrações de substâncias no organismo, embora seja mais invasivo e menos prático para exames de rotina. Sua janela de detecção é de até 2 dias após o consumo. O teste de saliva consegue detectar o consumo de psicoativos até 3 dias após a ingestão. Já o exame de cabelo/pelo oferece uma janela de detecção mínima de 90 dias. 

 

Recomendações 

 

  • Aviso antecipado ‒ Informar profissionais da Saúde sobre dietas específicas e o uso de medicamentos e de suplementos antes de realizar o exame.
 
  • Confirmação de resultados ‒ Caso haja um resultado positivo inesperado, principalmente se o método usado foi o de triagem, considerar testes adicionais para confirmar a presença da substância suspeita.
 
  • Revisão da alimentação ‒ Em certos casos, a suspensão temporária de alguns alimentos pode ser sugerida para evitar falsos positivos em exames críticos. 
 

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